segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Kuwait testa turbina eólica que produz água potável



Imagine gerar energia renovável ao mesmo tempo em que produz água própria para consumo? Essa possibilidade, que faria brilhar os olhos das populações que vivem em lugares remotos, já é estudada pelo holandês Piet Oosterling, fundador da empresa de tecnologia Dutch Rainmaker.

A tecnologia da turbina AW75 consiste em usar energia eólica para extrair água a partir do ar. Ela é capaz de produzir mais de sete mil litros de água potável por dia. “É superior a outros sistemas energéticos que alimentam usinas de dessalinização em termos de eficiência”, afirma, em comunicado, a empresa que está desenvolvendo o produto.

A AW75 possui reservatórios de água conectados na haste. Ao invés de acionar um gerador para produzir eletricidade, a turbina em questão impulsiona uma bomba de calor que está diretamente alimentada por lâminas de turbina eólica. Com o calor, a bomba de vapor de água é condensado e recolhido para fins domésticos ou de irrigação. A quantidade do líquido vai depender das temperaturas do ambiente local e das condições de umidade. 

Com sede em Badhoevedorp, na Holanda, a companhia já realizou testes nos Países Baixos e a Agência de Proteção Ambiental do Kuwait (Kepa) também adquiriu uma turbina.

Com a instalação, a Kepa é a primeira entidade do Oriente Médio a implementar com sucesso a aplicação do sistema da Dutch Rainmaker. Segunda a empresa, a agência confirma que a solução é adequada para o emirado árabe. “O fato é que esta instalação agora é totalmente operacional. A nossa tecnologia está equipada para resolver problemas do mundo real”, garante.

A companhia ainda afirma que vai continuar explorando outras regiões e projetos aplicáveis que poderiam ser beneficiados pelo uso da tecnologia.

Fonte: http://ciclovivo.com.br/noticia/empresa-holandesa-cria-turbina-eolica-que-produz-agua-potavel

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Bitucas de cigarro podem ser usadas para fabricar supercapacitadores



Um grupo de cientistas sul-coreanos parece ter encontrado uma função muito útil para as bitucas de cigarro. Em estudo publicado na revista científica Iop Science, eles apresentam este resíduo como uma matéria-prima ideal para a fabricação de supercapacitadores.

Os pesquisadores fizeram testes e descobriram que, de uma forma simples, os filtros de cigarro podem se transformar em um material mais eficiente que o grafeno e os nanotubos de carbono, usados nos sistemas tradicionais de grandes capacitadores.

Essa tecnologia é utilizada para armazenar energia em carga elétrica e não em reações químicas, como acontece com as baterias. Dessa forma, eles podem carregar e descarregar com muita rapidez. Seu principal uso é industrial, mas eles têm sido aplicado com muita frequência em sistemas de produção e armazenamento de energia eólica.

As opções para o reaproveitamento das bitucas de cigarro ainda são poucas, para um resíduo altamente poluente. Portanto, o desenvolvimento de novas alternativas acaba sendo tão importante.
O material reaproveitado pelos sul-coreanos nos experimentos é o acetato de celulose de fibra 

sintética. De acordo com a pesquisa, quando ele é aquecido na presença de azoto, torna-se um material poroso à base de carbono, de alta eficiência para carregar e descarregar elétrons. Ainda não existe uma indústria, para isso, mas os bons resultados já são um ótimo começo.

Fonte:http://ciclovivo.com.br/noticia/bitucas-de-cigarro-podem-ser-usadas-para-fabricar-supercapacitadores

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O bom e velho fio terra



O fio terra é um componente de segurança fundamental em uma instalação elétrica. Fazendo uma analogia rápida com um carro, ele seria o cinto de segurança que protege o motorista e os passageiros. Conhecido tecnicamente como condutor de proteção, ele está presente de várias formas na condução da eletricidade. Vamos identificar algumas:
  • Na operação do DR (Dispositivo Diferencial Residual): Este dispositivo atua desligando a energia do circuito elétrico (seccionando-o) automaticamente na ocorrência de uma corrente de fuga, que pode ser perigosa para a saúde das pessoas.
  • Na atuação do DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos de tensão): O fio terra se torna o caminho para o surto neste dispositivo que protege os equipamentos eletrônicos.
  • Na qualidade da energia elétrica
  • Como parte da equipotencialização da instalação elétrica: Evita que choques elétricos não se tornem fatais ou que não haja diferença de potenciais que possam causar arcos elétricos.
Uma instalação elétrica deve ter o fio terra instalado em todas as tomadas ou pontos de alimentação elétrica, como preconiza a norma ABNT NBR 5410/2004, norma que rege as instalações elétricas de baixa tensão (residenciais, prediais, comerciais e até industriais). A sua presença é obrigatória, independente do equipamento que será ligado, pois a instalação deve ser a responsável por prover a segurança para quem a utiliza.
As tomadas também devem ser com três polos, onde o fio terra disponível deve ser ligado ao pino do meio.
É importante ressaltar que só a presença do fio terra não garante que a instalação elétrica seja segura. É necessário que vários dispositivos estejam instalados e o que o sistema de aterramento seja adequado e corretamente instalado para funcionar.
A revisão periódica da instalação elétrica é a garantia de segurança para você e para a sua família! Contrate um profissional habilitado e realize um projeto elétrico com a indicação do correto sistema de aterramento para sua edificação.
fonte: http://programacasasegura.org/br/sem-categoria/o-bom-e-velho-fio-terra/

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Usina vai transformar lixo produzido por oito municípios do Rio em gás natural


A Usina de Tratamento de Biogás do Aterro Dois Arcos, inaugurada em 04/08/2014 pelo governo do Rio em São Pedro da Aldeia, em conjunto com as empresas Osafi e Ecometano,  vai transformar em gás natural cerca de 600 toneladas de lixo produzidas diariamente por oito municípios da Região dos Lagos, que formam o consórcio que construiu o aterro sanitário. São eles: São Pedro da Aldeia, Búzios, Iguaba Grande, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Silva Jardim e Araruama. O projeto recebeu investimento de R$ 18 milhões.

A usina ainda não está ligada à  rede da Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro (CEG-Rio), e, até que o gasoduto seja construído, o biogás produzido no local será comprimido e entregue a um consumidor industrial.  Também nesta fase inicial, o  gás obtido vai abastecer os caminhões que fazem o recolhimento do lixo e os veículos da própria companhia, que  funcionarão com gás natural veicular (GNV).

“Depois, quando o gasoduto estiver pronto – são quatro quilômetros, que devem ficar prontos entre março e abril de 2015 – este gás vai ser misturado com gás da CEG-Rio”, adiantou a coordenadora do Programa Rio Capital da Energia, Maria Paula Martins. A distribuição do produto aos consumidores será feita sem custos adicionais, segundo ela. “O consumidor não vai distinguir que está consumindo uma mistura [de gás natural e biogás], nem tem mudança no preço”. De início, a produção diária será de 6 mil metros cúbicos de gás e, em  oito anos, deve chegar a 20 mil  metros cúbicos, com produção estimada de 5 milhões de metros cúbicos de biogás purificado por ano.
Maria Paula  lembrou os benefícios ao meio ambiente e disse que a usina vai evitar o lançamento na atmosfera de cerca de 470 mil toneladas de dióxido de carbono até 2020 e poderá gerar créditos de carbono, que serão emitidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Tem um aproveitamento nobre. O setor energético é caro, e a gente acaba usando [o lixo] de forma produtiva para a empresa”, avaliou.

De acordo com o pesquisador do Instituto Luiz Alberto Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),  Luciano Basto, o Brasil economizaria cerca de R$ 32 bilhões por ano se reaproveitasse todo o lixo produzido. Se a conta incluir os resíduos da pecuária confinada e da agricultura, a economia ultrapassaria R$ 100 bilhões anuais.

O tratamento e destinação adequadas dos resíduos também resolvem questões sanitárias. O gás que seria naturalmente produzido e iria poluir a atmosfera é armazenado para aproveitamento energético. Na forma de gás, como produzido na Usina de Tratamento de Biogás do Aterro Dois Arcos, a utilização é bastante flexível, segundo Basto.  “Pode servir para geração elétrica no local ou fora, transportado por caminhões; para fins  veiculares; e até para injeção na tubulação  de gás que distribui pelo estado. Aí, pode ser usado para comércio, indústria, residência”, listou.

Na avaliação do pesquisador da Coppe-UFRJ, o caminho economicamente viável e ambientalmente mais adequado “é pensar na substituição de  combustível veicular, porque o Brasil é importador de diesel e gasolina, que  podem ser substituídos por biometano”. De acordo com Batso, este gás tratado é competitivo do ponto de vista financeiro na comparação com combustíveis líquidos.  “Para a balança comercial do país, pode ser muito interessante e mais vantajoso esse caminho”, disse à Agência Brasil. O combate ao desperdício, por meio da substituição de combustíveis importados, seria um ganho de produtividade imediato, segundo o pesquisador. 

Apesar das vantagens dos aterros, Basto destacou que, como os resíduos sólidos são um problema que a sociedade tem que resolver com urgência, é preciso buscar novas tecnologias de tratamento  para substituição dos aterros, que são difíceis  de licenciar. A partir daí, segundo o pesquisador, poderá haver  sistemas de biodigestão que comecem tratando o lixo, mas sirvam também para os resíduos da pecuária confinada e da agricultura. “Isso se caracteriza como um mercado gigantesco no Brasil, que sempre continuará a ser produtor e exportador de produtos agropecuários”, avaliou.

Fonte: http://www.ebc.com.br/noticias/economia/2014/08/usina-vai-transformar-em-gas-natural-lixo-produzido-por-oito-municipios-do