sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Acordos de lâmpadas e embalagens passam por consulta pública




 As minutas de acordos setoriais para a Logística Reversa de lâmpadas e embalagens em geral entraram em consulta pública desde o dia 15 de setembro. O Comitê Orientador para a Implementação da Logística Reversa (CORI) aprovou, em julho, as duas propostas que receberão contribuições da sociedade pela internet. As portarias que lançam as consultas foram publicadas na segunda-feira (08/09) no Diário Oficial da União (DOU). As consultas públicas terão duração de 30 dias e as sugestões, que devem ser identificadas, objetivas e fundamentadas, serão encaminhadas por meio do formulário eletrônico disponível no site do Governo Eletrônico. O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ney Maranhão, explica que este é o momento da sociedade contribuir com proposições que aperfeiçoem o texto dos acordos. ”A consulta pública representa uma importante fase que precede a formatação final do acordo a ser celebrado entre o MMA e os responsáveis pela sua implantação, pois permite que a sociedade se manifeste com sugestões e observações destinadas a melhorar algum aspecto do texto”, afirma.   


TEXTO FINAL
As contribuições serão apreciadas por uma equipe técnica do MMA, para verificar, inclusive, se estão em conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Depois serão submetidas ao CORI para aprovação final. Após a manifestação do CORI, será fechado o texto final do acordo, seguida da assinatura pelo MMA e todos os setores envolvidos.  O comitê é formado por representantes dos ministérios do Meio Ambiente, Saúde, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Agricultura e Abastecimento e Fazenda. Seu objetivo é definir as regras para a implantação da logística reversa, que garantirá retorno dos resíduos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reutilizado) à indústria, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos. 


PROPOSTAS
Os acordos setoriais preveem responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e propicia que esses materiais, depois de usados, possam ser reaproveitados. Os dois acordos de embalagens e lâmpadas foram aprovados após negociações com representantes dos setores, desde a elaboração do edital de convocação em 2012. Eles são válidos por dois anos contados a partir da sua assinatura. Ao final desse período, deverão ser revisados a fim de incorporar os ajustes que se fizerem necessários para o seu bom funcionamento e a sua ampliação para o restante do País. A minuta da proposta de acordo das lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, é uma versão consolidada de duas propostas inicialmente apresentadas que foram unificadas e adequadas aos termos do edital. No caso das embalagens em geral (vale lembrar que para as embalagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes já existem acordos específicos), a minuta da proposta de acordo é assinada por 20 entidades representativas de comerciantes e fabricantes, além da participação dos catadores de material reciclável. De acordo com a PNRS, logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação. A lei dedicou especial atenção ao tema e definiu três diferentes instrumentos que poderão ser usados para a sua implantação: regulamento, acordo setorial e termo de compromisso.


Fonte: http://www.sincoeletrico.com.br/pag/abrir/14/2326

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Novo método transforma sacolas plásticas em material valioso



Pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, encontraram uma forma de transformar sacolas plásticas usadas em um material altamente valioso. A proposta seria uma opção para reaproveitar esse resíduo que permanece na natureza durante anos.
A ideia consiste em produzir nanotubos de carbono a partir dos sacos plásticos. Os nanotubos são pequenos cilindros de átomos de carbono com o diâmetro dez mil vezes menor do que o de um fio de cabelo. Este material é altamente resistente, sendo cem vezes mais forte que o aço e seis vezes mais leve.
Os nanotubos de carbono são usados em diversas áreas industriais, como a criação de equipamentos eletrônicos, esportivos, baterias de longa duração, dispositivos de detecção, turbinas eólicas, entre outras áreas da pesquisa e desenvolvimento. No entanto, os processos tradicionais de fabricação são altamente complexos, o que faz com que a produção seja muito pequena.
A pesquisa australiana tende a modificar este setor. “Em nosso laboratório nós desenvolvemos um método novo e simplificado de fabricação com dimensões e formas controláveis, usado um produto de resíduos como fonte de carbono”, explicou o professor Dusan Losic, um dos coordenadores da pesquisa, ao Science Daily.
A ideia partiu de uma estudante de doutorado e surge como uma solução econômica e ambiental para um problema grave, que é a poluição gerada pelas sacolas plásticas. “Inicialmente era utilizado o etanol para produzir nanotubos de carbono. Mas, meu aluno, Tariq Altalhi, tinha a ideia de que qualquer fonte de carbono deveria ser utilizável”, esclareceu o professor.
O processo que utiliza os resíduos plásticos como matéria-prima é muito mais simples que o modelo atual, o que deve baratear e tornar a produção mais eficiente. Além disso, o sistema é catalisador e solvente, isso significa que os resíduos de plástico podem ser utilizados sem gerar compostos tóxicos. 

Fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia/novo-metodo-transforma-sacolas-plasticas-em-material-valioso