O refugo
que descartamos daquilo que usamos é um dos problemas mais graves enfrentados
pela população mundial nos dias de hoje. Os diversos processos de reciclagens
disponibilizados, tem ajudado muito, nas melhorias; ambiental e social.
Armazenar corretamente e entregar ao coletador credenciado o óleo vegetal que você utiliza na sua
cozinha e descarta na pia, além de preservar o meio-ambiente e consequentemente
a sua saúde, você exerce um ato de cidadania, contribuindo com o serviço
de saneamento básico da sua cidade. E você é
recompensado por isso.
Para evitar que o óleo de cozinha usado seja lançado na rede de esgoto, cidades, instituições e pessoas de todo o mundo têm criado métodos para reciclar o produto. As possibilidades são muitas: produção de resina para tintas, sabão, detergente, glicerina, ração para animais e até biodiesel. A era do petróleo parece viver seus últimos 50 anos. Se ele continuar sendo usado da forma como é hoje, que aliás vai muito além de fazer asfalto, esse recurso simplesmente irá acabar.
Um indicativo de que esta previsão é
correta é o preço dos combustíveis derivados que, como você pode ter reparado
com o decorrer dos anos, só aumenta. Para resolver esse problema em
particular, Haifang Wen, professor assistente de Engenharia Civil na
Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos, parece ter encontrado
uma solução brilhante, ele desenvolveu um jeito de usar óleo de cozinha para
fazer um novo tipo de asfalto, tão eficiente quanto o que conhecemos hoje.
A reutilização excessiva do óleo de cozinha de alimentos por restaurantes
produz elementos tóxicos que podem causar doenças degenerativas,
cardiovasculares e envelhecimento precoce, segundo o pesquisador Márcio Antônio
Mendonça, do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB).
Mendonça analisou o óleo de fritura de quatro restaurantes do Distrito Federal,
que servem quatro mil refeições por dia.
O pesquisador constatou que, o óleo por
porção, chegava a apresentar acidez quatro vezes maior que o percentual de 0,3%
permitido ao produto quando sai da fábrica. O índice de gordura saturada,
acrescentou, também era três vezes maior do que o estabelecido pela lei. “O
óleo perde seus constituintes naturais com a reutilização e forma compostos
tóxicos, prejudiciais à saúde” afirmou Mendonça.
O
consumo de óleo no país é de quinze litros por brasileiro, no ano. O óleo
quando vai para a galeria de esgoto funciona como uma cola, aí vai juntando
tudo. Um fiozinho de cabelo, fio dental, um pedacinho de plástico, tudo isso
fica concentrado, forma-se uma massa e acaba entupindo a rede de esgoto. Todo
dia, em pelo menos trinta pontos de São Paulo é feita uma limpeza para retirar
o óleo grudado na galeria, "que chega a ficar realmente entupida e isso
pode provocar o que se chama de refluxo, ou seja, o esgoto retornar a
residência causando incomodo, mau cheiro, etc”, diz Marcelo Morgado, engenheiro
químico - Sabesp.
Para
ter uma visão geral da galeria de esgoto, muitas vezes os funcionários
responsáveis pela limpeza têm que recorrer à tecnologia. Uma câmera, conectada
a um cabo de fibra ótica, que capta imagens e possibilitam verificar a
concentração de gordura. Por isso, para evitar tanto trabalho e contaminação do
solo, dos rios, jamais jogue óleo de fritura na pia, no ralo. “Cada família
gera um litro de óleo por mês. Levando em consideração que "cada litro de
óleo usado contamina 20 mil litros de água potável”.
O
óleo já usado, quando reciclado, pode ter várias destinações: produção de
resina para tintas, aditivo de ração para animais, sabão, detergente, glicerina
e biodiesel. O biodiesel é uma alternativa de combustível e aditivos derivados
de fontes renováveis, que podem ser dendê, soja, óleo de cozinha e mamona. Para
a utilização do biodiesel, não é necessário nenhuma mudança nos motores movidos
a diesel do petróleo.
Fonte: http://caviann.wix.com/salveasaguas
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