Problema pode ser
evitado se instalações atenderem à norma técnica NBR 5410 e às necessidades do
usuário por pontos de energia
A sobrecarga nas instalações elétricas é um assunto
sério e que pode ocorrer em qualquer tipo de edifício. O problema, normalmente,
surge de erros cometidos na elaboração do projeto ou de falhas que acontecem
durante a operação do sistema. “Muitos casos apresentam inconformidades em
relação à ABNT NBR 5410/2004 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão, norma que
determina todos os critérios para projeto, manutenção e execução dos sistemas
em baixa tensão no Brasil”, destaca o engenheiro Carlos Gustavo Castelo Branco,
consultor da Grid Power Solutions Engenharia, empresa que desenvolve projetos e
presta consultoria na área de instalações elétricas em baixa, média e alta
tensão.
A sobrecarga elétrica é decorrente do excesso de
carga ligada em determinado circuito e/ou tomada. Em outras palavras, ao
conectar diferentes equipamentos no mesmo ponto, a corrente elétrica passa a
ser maior do que aquela suportada pelos fios e cabos. O curto-circuito, por sua
vez, é o excesso de corrente que acontece devido a uma falha que provoca a
ligação direta de uma das fases de determinado circuito com outra fase, ou com
um condutor neutro.
Mais Causas
Outras causas possíveis das sobrecargas são a falta
de informação básica dos usuários, que conectam de maneira indiscriminada todo
tipo de equipamento em qualquer tomada, além do uso de benjamins. Quando o
circuito elétrico começa a sofrer com o problema, passa a apresentar alguns
sinais que necessitam de atenção. “O sintoma principal é o desligamento
intempestivo e/ou aleatório do disjuntor vinculado ao sistema. Também é
possível que ocorram constantes quedas de tensão nas cargas desse circuito”,
informa o especialista.
O curto-circuito pode ter origem na sobrecarga elétrica. Porém, quando o
sistema é bem dimensionado e está em conformidade com a ABNT NBR 5410, isso não
deve acontecer
Carlos Gustavo Castelo Branco
Quando o disjuntor desliga o circuito de maneira
contínua, alguns usuários ou mesmo o prestador de serviços sem conhecimento
técnico optam por trocar o equipamento por outro que suporte correntes maiores.
Entretanto, essa ação não é recomendada. “Os desligamentos dos disjuntores
devem ser encarados como o primeiro sinal de alerta, que indica ser necessária
a contratação de um eletricista ou técnico experiente para análise e
diagnóstico do problema”, destaca Castelo Branco. A própria troca do disjuntor,
por exemplo, precisa ser acompanhada de intervenções em todo o circuito, com a
substituição dos fios e cabos elétricos por outros de seção (bitola) maior.
Quando constatada a existência de sobrecargas,
algumas medidas corretivas têm que ser aplicadas. “Tudo começa com o estudo do
projeto elétrico e a inspeção da instalação. É preciso comparar as cargas
previstas com aquelas que estão efetivamente conectadas ao circuito. E, ainda,
verificar se as bitolas dos cabos e respectiva proteção estão adequadas
conforme a norma e uso previsto”, diz o engenheiro. Caso encontradas
inconsistências, a melhor alternativa é o retrofit ou
reforma da instalação. Nessa intervenção, pode ser disponibilizada uma
quantidade maior de pontos de tomadas e/ou aumento da bitola dos condutores,
bem como o ajuste da respectiva proteção.
Consequências
As consequências das sobrecargas podem ser mais
graves do que os simples danos aos equipamentos ligados ao sistema elétrico. “O
problema mais sério é a ocorrência de incêndios, que colocam em risco a vida de
todos os ocupantes da edificação. O fogo é considerado a consequência final
decorrente de uma sobrecarga não protegida adequadamente”, informa. Outro
resultado são os desligamentos desnecessários, que acontecem quando a proteção
elétrica foi bem dimensionada e entra em ação para evitar um perigo maior.
As
ações para evitar que o problema aconteça começam nos cuidados que o engenheiro
elétrico deve ter na elaboração o projeto. “É fundamental prever a quantidade
de tomadas/circuitos suficientes para que os usuários não precisem utilizar
extensões ou benjamins”, comenta o especialista. O ideal é que sejam planejadas
tomadas com vários espelhos nos locais onde existem mais de um equipamento
elétrico, como nas proximidades de televisores, equipamentos de som ou
informática.
Os imóveis mais
sujeitos às sobrecargas, normalmente, são aqueles com idade superior a 15 anos.
Os cabos elétricos e demais materiais usados nos sistemas têm vida útil
limitada, que dependendo do uso e do local onde estão podem sofrer degradação
mais acelerada. O padrão atual, regido pela ABNT NBR 14136 - Plugues e tomadas
para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em corrente alternada -, veio para
ajudar na segurança elétrica dos usuários. “A norma separa os tipos de tomada
em tamanhos físicos distintos (10A ou 20A), ou seja, temos aquelas ideais para
equipamentos mais usuais e outras voltadas para os aparelhos de uso específico,
que necessitam de corrente elétrica acima de 10A para funcionar”, explica.
A prevenção dos
problemas gerados pelas sobrecargas passa ainda pelo uso correto da instalação
elétrica. O engenheiro sugere que o usuário deveria receber treinamento básico,
o que poderia ser feito no recebimento do imóvel. “Essa simples iniciativa
seria capaz de evitar muitos acidentes, já que as pessoas saberiam como
proceder em cada situação que pode ocorrer no dia a dia do sistema”, observa.
Carlos Gustavo Castelo Branco é há oito anos é professor adjunto do
Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará, sendo
responsável pelas disciplinas de Instalações elétricas prediais e industriais.
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