terça-feira, 7 de junho de 2011

Arquitetura Sustentável: A nova tendência dos últimos tempos.

A Cônsul da Tailândia no Brasil Thassanee Wanick criou um projeto de pintar telhados e lajes de branco baseando-se em estudos feitos no Laboratório Lawrence Berkeley, que garantem que a reflexão do sol em 100 metros quadrados de telhado claro compensa cinco toneladas de dióxido de carbono despejados na natureza. Além desse projeto, ela é também a fundadora e presidente do Conselho Deliberativo do Green Buiding Council no Brasil, instituição que tem a missão de desenvolver a indústria da construção sustentável no país, a partir de forças que levem a adoção de práticas de green building (edifícios verdes). Nesse caso, a cor não tem a ver com a pintura, e sim, com a concepção dos prédios, que devem passar por um processo de integração desde o momento da criação até implantação, construção e operação de edificações. É o Green Building Council que fornece a LEED (Leardship In Energy and Environmental Design), uma certificação norte-americana criada a 15 anos e que vem sendo cada vez mais reconhecida pelo Brasil. Com isso, a arquitetura sustentável também vem se consolidando por aqui, tanto que recentemente, a arquitetura sustentável deixou para trás seu espírito hippie e sua ideologia puramente ideológica. Ela agora também é sinônimo de economia, otimização, acessibilidade e respeito.
No Brasil, os telhados verdes, com uma pequena floresta plantada nas coberturas dos prédios e casas, ainda são raros de ver, porém, já existem arquitetos especializados em sua implatação, nos garantindo a contribuição para a diminuição de CO2 e também proporcionam conforto térmico e acústico, poupando até 30% o nosso consumo de energia, graças à diminuição do uso de ar condicionado. Aliás, a economia a longo prazo é um dos principais benefícios de uma casa sustentável pois, o investimento é um pouco mais alto que uma construção de uma casa convencional, mas em compensação economiza água e energia elétrica com uma casa sustentável.
Em 2010, a arquitetura sustentável despertou o interesse em grandes corporações e indústrias e já estão colocando a sustentabilidade em prática. Na construção civil, por enquanto a arquitetura sustentável ainda se ramifica nas classes A e B, afinal, não é algo que faça parte do cotidiano das pessoas de forma natural, como vem acontecendo em outro países. Nesses lugares, a sustentabilidade está muito mais integrada à vida urbana. E é assim porque eles conseguem perceber, na prática, que os recursos naturais vaõ além da àrvore.
Em Estocolmo, a capital da Suécia, por exemplo, as iniciativas verdes, já há algum tempo existentes estão relacionadas com a falta de recursos naturais do país. Para eles, o investimento em ideias sustentáveis é também considerada uma questão de sobrevivência e somado ao alto desenvolvimento cultural dos suecos, resulta em iniciativas e soluções incríveis. É em Estocolmo que há um bairro 100% ecológico onde, os telhados são cobertos de grama para absorver a chuva que posteriormente é armazenada no subsolo dos prédios.Também há painéis imensos que absorvem a luz do sol e a transformam em energia elétrica e tubos que captam o ar e o espalham pela casa inteira, sem a necessidade de ar condicionado. Sabe o que é feito com o lixo?O seco vai para a central de reciclagem através de túneis subterrâneos e o orgânico é transformado em gás de cozinha.


O Brasil ainda não chegou lá, mas não se pode negar que evoluímos nos ultimos tempos.

(Fonte: Revista Saccaro - Ano 1 - N°2 - Dezembro de 2010.)

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