quinta-feira, 23 de julho de 2015

Extensões, benjamins e similares: saiba usar

Acessórios são úteis, mas precisam ser usados com critério para não causarem sobrecarga na instalação elétrica



Benjamim, “T”, extensão, régua, multiplicador de tomadas... os nomes são variados. Facilmente encontrados à venda em supermercados, lojas de material elétrico ou construção, são práticos, úteis e resolvem o problema quando precisamos de um ponto de energia elétrica e não temos uma tomada disponível por perto. Certo? Depende.

Não é raro escutarmos que estes itens não são recomendados e que colocam em risco aparelhos eletrônicos e a instalação elétrica. E aí é que surge a dúvida: usar ou não usar? “Basta ter cuidados e seguir critérios. Seu uso não pode ser generalizado para todo e qualquer tipo de situação, sob o risco de sobrecarga elétrica”, comenta Gilmar Nascimento, gerente de vendas da Santil, uma das principais distribuidoras de material elétrico do país.

Os dispositivos são recomendados para a conexão simultânea de aparelhos, desde que a soma das potências deles não ultrapasse a capacidade de fornecimento de corrente da tomada em que serão conectados. Se usados de forma inapropriada, podem causar sobrecarga na rede elétrica, curto-circuito na tomada, deformações por superaquecimento, funcionamento anormal dos equipamentos ou até mesmo incêndio.

A razão disso é que o aumento de potência faz com que haja um acréscimo da corrente elétrica naquele ponto do circuito. Se a tomada e os fios ou cabos estiverem mal dimensionados para esta carga, ocorrerá um aquecimento, que pode iniciar até um incêndio.


Como calcular
A soma das correntes consumidas pelos aparelhos ligados ao multiplicador de tomadas não deve ser superior à capacidade máxima da tomada. Para uma tomada residencial comum, no Brasil, este limite pode ser de 10 ou de 20 amperes (A), de acordo com o modelo utilizado, padronizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Uma forma prática de fazer este cálculo é conferir qual é a corrente da tomada e do multiplicador e associar 1 ampere para cada 100 W de potência do aparelho, em redes de 110 V (volts), e 1 ampere para cada 200 W (watts) em redes de 220 V.

Então, no benjamim colocado em uma tomada com capacidade de 10 A (a mais comum), não podemos ligar, por exemplo, um ferro de passar de 700 W e um forno de micro-ondas também de 700 W. A corrente, na somatória, chegaria a 14 A, o que é acima da capacidade da tomada.

Nunca se deve ultrapassar a capacidade da tomada elétrica ou do multiplicador. Por segurança, a soma não deve ser superior ao limite de corrente estipulado para este ou para a tomada, o que for menor.


Quando usar Exemplo prático
Os acessórios são ideais para ligar aparelhos que consomem pouca energia elétrica. Um exemplo comum é conectar um abajur, um ventilador portátil e um telefone no mesmo multiplicador. Como possuem baixo consumo de energia, mesmo que conectados simultaneamente, não ultrapassarão a capacidade de corrente da tomada.

Então, é sempre recomendável que haja um equilíbrio da potência: ao ligar um eletrodoméstico em um benjamim, deve se “aliviar” outros plugues que estejam conectados no mesmo circuito. Outra regra básica é: nunca utilizar equipamentos de alta potência em benjamins ou similares. Note que alguns aparelhos que consomem corrente bastante elevada não podem ser ligados nem
mesmo na tomada, como é o caso do chuveiro elétrico, que é conectado diretamente na rede elétrica da casa.

Na falta de pontos de energia elétrica para equipamentos que ultrapassem o limite de capacidade das tomadas e multiplicadores, a solução é instalar mais tomadas ou fazer um rodízio de aparelhos,  quando forem utilizados.


Outro ponto importante, destaca o gerente de vendas da Santil, refere-se à qualidade dos acessórios: “Existem inúmeros modelos disponíveis no mercado, mas é preciso ficar atento à procedência dos itens, adquirir produtos certificados e de empresas reconhecidas”.

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