domingo, 23 de julho de 2017

POR QUE USAR A LUZ AMARELA?


Existem diversos motivos para usar a luz amarela em nossas aplicações. Eu poderia ser puramente estética e dizer: “Gosto de usar a LUZ amarela porque acho mais bonita”. Seria um bom motivo, mas posso colocar outros melhores. Ela é mais saudável. Nosso ciclo circadiano processa um ritmo composto de aproximadamente 12 horas de escuridão absoluta e um processo de 12 horas ao longo do dia, onde a luz varia de 2.400K ao nascer do dia, 2.700K no amanhecer, em torno de 5.000K ao meio dia, e vai abaixando novamente para luz quente ao cair da tarde. Com esta baixa de temperatura de cor da luz, o corpo se prepara para produzir o hormônio da melatonina ao escurecer, tão importante para a regeneração do nosso organismo.

Do ponto de vista ergonômico, a luz amarela é a única indicada pelos astrônomos em lugares públicos ou privados, com os devidos cuidados no uso do cut-off correto nas luminárias para evitar a poluição luminosa dos ambientes noturnos. Outra vantagem em utilizar a luz monocromática amarela no ambiente noturno é que
ela não é difratada pela neblina, e em ambientes úmidos, assegura uma boa visibilidade.

Do ponto de vista entomológico, a radiação amarela é pouco visível à maioria dos insetos, que não enxergam o espectro vermelho. Melhor utilizar em ambientes noturnos e na iluminação da paisagem fontes abaixo de 2.700K e tonalidades âmbar na luz das fontes.

Existem alguns profissionais que colocam a culpa das desordens metabólicas na tecnologia LED; portanto, é bom elucidar algumas questões. Qualquer fonte de luz artificial faz mal, menos mal é utilizar, quando necessário, iluminação que não interrompa a produção de melatonina, ou seja, qualquer luz acima de 3.000K em intensidade moderada.

É bom lembrar que a luz emitida por televisores, computadores, tablets e telefones celulares, também interrompe este ciclo. O nosso organismo pode levar até duas horas para adaptar o organismo ao sono capaz de restabelecer a produção da melatonina no organismo.

A luz que faz bem aos seres vivos é a luz do Sol, a luz natural. Criamos a tecnologia para nos auxiliar, mas exageramos quando estamos em atividade 24 horas por dia. Isso não é natural e traz consequências graves ao nosso metabolismo, acostumado com as 12 horas luz e 12 horas no escuro total.

Dois detalhes eu aprendi de ótimos professores que tive, e os melhores e mais reconhecidos profissionais deste mercado: Peter Gasper (in memoriam). “é preciso saber quando não iluminar” e Guinter Parschalk: “a melhor luz é aquela onde não é possível ver a fonte”.

É puro idealismo se eu disser que não deveríamos iluminar as ruas e casas durante a noite, pois parece uma coisa impossível, mas é fato que a luz, quando utilizada de maneira incorreta, pode desencadear sérios distúrbios no metabolismo humano. Se precisar iluminar, utilize fontes a 2.700K, no máximo, 3.000K, em residências e afins. Em escritórios e demais locais, utilize fontes de 4.000K, de preferência com efeitos
dinâmicos para 3.000K a partir das 17h30 e 2.700K ao cair da noite, para minimizar impactos à melatonina. Cozinhas industriais são lugares específicos onde a norma pede 4.000K, em escolas também, locais onde é requerida a atenção.

Luz com temperatura de cor a 5.000K é bastante específica; é para ambientes onde é necessária a inspeção de cor, atividades muito minuciosas onde é exigida a rapidez nos reflexos. Francamente, o uso de fontes a 6.500K, sejam elas fluorescentes ou LEDs são realmente um problema de saúde pública, e é imaturo um profissional culpar LEDS ou Fluorescentes, uma tecnologia ou outra por problemas causados, porque o problema em si é o ciclo circadiano e como temos interferido na natureza.

Aproveito para lembrar que o impacto causado pela iluminação não é só nos seres humanos, mas se dá em todo o bioma natural. A luz é, inclusive, um fator de extinção de alguns espécimes.


*Silvia Carneiro é arquiteta especialista em Iluminação, com pós-graduação em Iluminação e Design de Interiores, pela Universidade São Marcos e MBA em Arquitetura & Iluminação pelo IPOG (SP). Titular do escritório de Luminotécnica IRIS um olhar para o Futuro. Consultoria Luminotécnica em Arquitetura & Sustentabilidade. Atua no mercado de iluminação LED desde 2008, é colaboradora no CB-03 Cobei da ABNT, e participou da revisão das normas ABNT 5101 (Iluminação Pública) e 5413 (Iluminação de ambientes de trabalho, atual ABNT ISO/CIE 8995-1).

Fonte: http://www.jornaldainstalacao.com.br/img/artigos/silvia_carneiro.pdf

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