Existem diversos motivos para usar a luz amarela em nossas aplicações. Eu poderia ser puramente estética e dizer: “Gosto de usar a LUZ amarela porque acho mais bonita”. Seria um bom motivo, mas posso colocar outros melhores. Ela é mais saudável. Nosso ciclo circadiano processa um ritmo composto de aproximadamente 12 horas de escuridão absoluta e um processo de 12 horas ao longo do dia, onde a luz varia de 2.400K ao nascer do dia, 2.700K no amanhecer, em torno de 5.000K ao meio dia, e vai abaixando novamente para luz quente ao cair da tarde. Com esta baixa de temperatura de cor da luz, o corpo se prepara para produzir o hormônio da melatonina ao escurecer, tão importante para a regeneração do nosso organismo.
Do ponto de vista ergonômico, a
luz amarela é a única indicada pelos astrônomos em lugares públicos ou
privados, com os devidos cuidados no uso do cut-off correto nas luminárias para
evitar a poluição luminosa dos ambientes noturnos. Outra vantagem em utilizar a
luz monocromática amarela no ambiente noturno é que
ela não é difratada pela
neblina, e em ambientes úmidos, assegura uma boa visibilidade.
Do ponto de vista entomológico,
a radiação amarela é pouco visível à maioria dos insetos, que não enxergam o
espectro vermelho. Melhor utilizar em ambientes noturnos e na iluminação da
paisagem fontes abaixo de 2.700K e tonalidades âmbar na luz das fontes.
Existem alguns profissionais
que colocam a culpa das desordens metabólicas na tecnologia LED; portanto, é
bom elucidar algumas questões. Qualquer fonte de luz artificial faz mal, menos
mal é utilizar, quando necessário, iluminação que não interrompa a produção de
melatonina, ou seja, qualquer luz acima de 3.000K em intensidade moderada.
É bom lembrar que a luz emitida
por televisores, computadores, tablets e telefones celulares, também interrompe
este ciclo. O nosso organismo pode levar até duas horas para adaptar o
organismo ao sono capaz de restabelecer a produção da melatonina no organismo.
A luz que faz bem aos seres
vivos é a luz do Sol, a luz natural. Criamos a tecnologia para nos auxiliar,
mas exageramos quando estamos em atividade 24 horas por dia. Isso não é natural
e traz consequências graves ao nosso metabolismo, acostumado com as 12 horas
luz e 12 horas no escuro total.
Dois detalhes eu aprendi de
ótimos professores que tive, e os melhores e mais reconhecidos profissionais
deste mercado: Peter Gasper (in memoriam). “é preciso saber quando não
iluminar” e Guinter Parschalk: “a melhor luz é aquela onde não é possível ver a
fonte”.
É puro idealismo se eu disser
que não deveríamos iluminar as ruas e casas durante a noite, pois parece uma
coisa impossível, mas é fato que a luz, quando utilizada de maneira incorreta,
pode desencadear sérios distúrbios no metabolismo humano. Se precisar iluminar,
utilize fontes a 2.700K, no máximo, 3.000K, em residências e afins. Em
escritórios e demais locais, utilize fontes de 4.000K, de preferência com
efeitos
dinâmicos
para 3.000K a partir das 17h30 e 2.700K ao cair da noite, para minimizar
impactos à melatonina. Cozinhas industriais são lugares específicos onde a
norma pede 4.000K, em escolas também, locais onde é requerida a atenção.
Luz com temperatura de cor a
5.000K é bastante específica; é para ambientes onde é necessária a inspeção de
cor, atividades muito minuciosas onde é exigida a rapidez nos reflexos.
Francamente, o uso de fontes a 6.500K, sejam elas fluorescentes ou LEDs são
realmente um problema de saúde pública, e é imaturo um profissional culpar LEDS
ou Fluorescentes, uma tecnologia ou outra por problemas causados, porque o
problema em si é o ciclo circadiano e como temos interferido na natureza.
Aproveito para lembrar que o
impacto causado pela iluminação não é só nos seres humanos, mas se dá em todo o
bioma natural. A luz é, inclusive, um fator de extinção de alguns espécimes.
*Silvia Carneiro é arquiteta especialista em Iluminação, com
pós-graduação em Iluminação e Design de Interiores, pela Universidade São
Marcos e MBA em Arquitetura & Iluminação pelo IPOG (SP). Titular do
escritório de Luminotécnica IRIS um olhar para o Futuro. Consultoria
Luminotécnica em Arquitetura & Sustentabilidade. Atua no mercado de
iluminação LED desde 2008, é colaboradora no CB-03 Cobei da ABNT, e participou
da revisão das normas ABNT 5101 (Iluminação Pública) e 5413 (Iluminação de
ambientes de trabalho, atual ABNT ISO/CIE 8995-1).
Fonte: http://www.jornaldainstalacao.com.br/img/artigos/silvia_carneiro.pdf
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