quinta-feira, 2 de outubro de 2014

"Cada litro de óleo usado contamina 20 mil litros de água potável”



O refugo que descartamos daquilo que usamos é um dos problemas mais graves enfrentados pela população mundial nos dias de hoje. Os diversos processos de reciclagens disponibilizados, tem ajudado muito, nas melhorias; ambiental e social. Armazenar corretamente e entregar ao coletador credenciado o óleo vegetal que você utiliza na sua cozinha e descarta na pia, além de preservar o meio-ambiente e consequentemente a sua saúde, você exerce um ato de cidadania, contribuindo com o serviço de saneamento básico da sua cidade. E você é recompensado por isso. 

Para evitar que o óleo de cozinha usado seja lançado na rede de esgoto, cidades, instituições e pessoas de todo o mundo têm criado métodos para reciclar o produto. As possibilidades são muitas: produção de resina para tintas, sabão, detergente, glicerina, ração para animais e até biodiesel. A era do petróleo parece viver seus últimos 50 anos. Se ele continuar sendo usado da forma como é hoje, que aliás vai muito além de fazer asfalto, esse recurso simplesmente irá acabar.

Um indicativo de que esta previsão é correta é o preço dos combustíveis derivados que, como você pode ter reparado com o decorrer dos anos, só aumenta. Para resolver esse problema em particular, Haifang  Wen, professor assistente de Engenharia Civil na Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos, parece ter encontrado uma solução brilhante, ele desenvolveu um jeito de usar óleo de cozinha para fazer um novo tipo de asfalto, tão eficiente quanto o que conhecemos hoje. A reutilização excessiva do óleo de cozinha de alimentos por restaurantes produz elementos tóxicos que podem causar doenças degenerativas, cardiovasculares e envelhecimento precoce, segundo o pesquisador Márcio Antônio Mendonça, do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB). Mendonça analisou o óleo de fritura de quatro restaurantes do Distrito Federal, que servem quatro mil refeições por dia. 

O pesquisador constatou que, o óleo por porção, chegava a apresentar acidez quatro vezes maior que o percentual de 0,3% permitido ao produto quando sai da fábrica. O índice de gordura saturada, acrescentou, também era três vezes maior do que o estabelecido pela lei. “O óleo perde seus constituintes naturais com a reutilização e forma compostos tóxicos, prejudiciais à saúde” afirmou Mendonça.

O consumo de óleo no país é de quinze litros por brasileiro, no ano. O óleo quando vai para a galeria de esgoto funciona como uma cola, aí vai juntando tudo. Um fiozinho de cabelo, fio dental, um pedacinho de plástico, tudo isso fica concentrado, forma-se uma massa e acaba entupindo a rede de esgoto. Todo dia, em pelo menos trinta pontos de São Paulo é feita uma limpeza para retirar o óleo grudado na galeria, "que chega a ficar realmente entupida e isso pode provocar o que se chama de refluxo, ou seja, o esgoto retornar a residência causando incomodo, mau cheiro, etc”, diz Marcelo Morgado, engenheiro químico - Sabesp.

Para ter uma visão geral da galeria de esgoto, muitas vezes os funcionários responsáveis pela limpeza têm que recorrer à tecnologia. Uma câmera, conectada a um cabo de fibra ótica, que capta imagens e possibilitam verificar a concentração de gordura. Por isso, para evitar tanto trabalho e contaminação do solo, dos rios, jamais jogue óleo de fritura na pia, no ralo. “Cada família gera um litro de óleo por mês. Levando em consideração que "cada litro de óleo usado contamina 20 mil litros de água potável”.

O óleo já usado, quando reciclado, pode ter várias destinações: produção de resina para tintas, aditivo de ração para animais, sabão, detergente, glicerina e biodiesel. O biodiesel é uma alternativa de combustível e aditivos derivados de fontes renováveis, que podem ser dendê, soja, óleo de cozinha e mamona. Para a utilização do biodiesel, não é necessário nenhuma mudança nos motores movidos a diesel do petróleo.


Fonte: http://caviann.wix.com/salveasaguas

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